A poltrona Terra dialoga, em perfil, com o traçado de móveis modernos brasileiros, como nas notáveis estruturas laterais paralelas presentes nas poltronas de Zanine Caldas; suas vistas frontal e posterior, no entanto, revelam uma geometria angulada, enaltecendo o uso da dobra como potencial construtivo do metal. Em referência à posição ocupada pela cerâmica artesanal nas primeiras peças, a poltrona é protagonizada por um generoso assento  redondo estofado manualmente em tricô. A textura convidativa e marcante do tecido, assim como seu volume, contrapõe o aspecto planificado e rígido do aço que estrutura o móvel.

A linha Terra apresenta móveis e objetos desenhados a partir de dois materiais distintos que têm, essencialmente, o mesmo local de origem: o solo. Metal e terra se complementam, antagonizando a produção milimétrica com corte a laser ao processo manual de moldagem do barro e, posteriormente, ao estofado inspirado na própria cerâmica.